Peça – as aventuras de pluft
Adaptação- Denilson David
Personagens
Nina - Mãe fantasma
Pluft - O fantasminha
Renata – sonha em ser cantora
Luiz - Amigo de Renata
Nefasta - Bruxa
Cruel - Capacho de Nesfasta
Dandara -Fada
Apresentador do Festival
Prólogo
(proscênio)
Apresentador –(Entrando) Boa noite senhoras e senhores! Esse é o meu, o seu, o nosso festival de talentos 2008, da cidade de Esperança. A competição este ano está incrível, super disputada, com uma aprtesentação melhor que a outra. Impressionante! Agora dando contin uidadeao show, eu quero convidar a pequena Renata cantando a música: Nunca deixe de sonhar.
Renata- (entra aparentemente nervosa ) oi para todos! Eu só queria dizer que cantar é meu sonho, é minha vida. E agora... eu ... eu vou começar...ui! ai! (começa a se contorcer) ai eu tô muito nervosa! Eu estou até com vontade de fazer xixi! Mas vamos lá...há uma luz em algum lugar... (ela desafina, a plateia vaia e atiram papel nela)desculpa gente, desculpa...(chora e sai correndo).
Apresentador- Calma pessoal, a organização informa que em virtude dos a contecimentos, faremos uma pequena pausa em nossa programação. Voltamos dentro de instantes!
Luiz -(saindo da platéia, aproximando-se de Renata)Renata! (subindo ao palco) Como você está?
Renata – Me deixa luiz! To precisando ficar sozinha!
Luiz – (ingnorando-a) Isso acontece Renata!
Renata – por que logo comigo? Eu sou uma burra mesmo!
Luiz – Não fala isso! (abraçando-a, ela chora de maneira exagerada)
Renata- Luiz, qual é o seu sonho?
Luiz – Meu sonho é ser feliz!
Renata- Mas isso não vale. Isso todo mundo quer, todo mundo deseja. Eu tô falando de algo especial. Algo que possa ser sua grande motivação de viver!
Luiz – Caramba! Que papo mais sinistro em renatinha! Relaxa curte a vida, deixa que as coisas vão acontecendo...
Renata – (cortando-o)Não ! não pode ser... quem não tem um sonho, não vive realmente. Ter uma vida sem sentido, viver por viver... não, isso não é certo não!
Luiz- E você Renata? Seu sonho é realmente cantar você tem tem certeza?
Renata- Claro! Meu sonho é ser cantora e com minha musica tocar o coração das pessoas. Sabe, eu sonho em subir nos palcos, ser aplaudida, contemplada, reconhecida... Eu sei que falta muito pra mim chegar lá, mas eu não posso desistir por nada nesse mundo.Eu quero, eu posso, e um dia eu farei.(começa a soprar um vento forte, com muitos ruídos. Como em um passe de mágica, surge a fada Dandara, entra meio atrapalhada, tropeça e cai).
Dandara- ui! Por todos os seres encantados.ai!(toma um susto ao ver Renata e Luiz)Oi, eu sou Dandara, a fada dos sonhos!
Ambos –(surpresos) fada?
Dandara – Isso mesmo fada. Por que essa cara de espanto?
Renata- Luiz, você ta vendo o que eu to vendo?
Luiz- Pode apostar que sim.(á parte)ela só pode ser maluca.
Renata- coitada! Tão novinha e tão retardada.
Dandara- êpa, êpa, eu estou ouvindo, esse seus cochichos, fiquem sabendo que eu não maluca coisa nenhuma!Fadas existem sabia? E são todas lindas assim como eu! E nem precisam se apresentar. Eu até já os conheço, Você é a Renata e vôce o Luiz!
Luiz- (para Renata)Caramba! Como ela sabe nossos nomes?
Renata- isso eu também não sei. Mais o melhor é não contraria-la. (fingindo acreditar)E o que você quer de nós grande fada dos sonhos?
Dandara- Leva-los para um lugar onde tudo é possivel, basta sonhar!
Luiz – Caramba! Olha aqui, eu não a lugar nenhum com estranhos. Principalmente com essa doida.
Dandara- Eu posso até ser uma estranha, mas eu não sou doida coisa nenhuma! Por favor, venham comigo eu preciso de vocês!
Renata – Luiz, acho melhor a gente dar o fora!
Luiz- É isso aê!(vão saindo).
Dandara – esperem, que Merlem me perdoe, mais eu vou ter que fazer isso!(faz gesto e congela os dois).A magia vai começar!
(abrem-se as cortinas, eles estão no mundo mágico, muita cor, luz e encantamento devem fazer parte do cenário. Eles são recepicionados por um grupo de fadas que dançam a musica estrela guia- balão mágico. Ambos ja descongelados, ficam encantados).
Dandara- desculpa ter que ter trazido vocês congelados. Mais é que estamos precisando muito de vocês!
Luiz- caramba, que lugar é esse?
Dandara- sejam bem vindos ao reino dos sonhos, o lugar onde tudo é póssivel, basta acreditar!
Renata- é incrivelmente lindo! Mais por que você nos trouxe aqui fada Dandara? O que quer de nós?
Dandara - como eu já falei, eu preciso da ajuda de vocês, O Reino dos Sonhos está ameaçado!
Luiz – Caramba! Mais ameaçado por quem, pêlo o que?
Dandara – pelas forças do mal. A bruxa Nefasta e o monstro Cruel, eles querem dominar tudo. Eu sempre os Combati, mais agora eles acham que finalmente descobriram onde está a varinha mágica secreta. Uma arma poderosa, que ao cair em mãos erradas pode provocar uma verdadeira tragédia!
Renata – nossa, mais o que podemos fazer diante de tudo isso?
Dandara – A varinha está protegida por uma magia, que só pode ser quebrada por uma criança que acredite no poder dos sonhos.
Luiz- então você quer encontrar a varinha antes deles?
Dandara – isso mesmo, pois só assim poderemos derrota-los de uma vez por todas! E no momento só vocês poderam fazer isso.
Ambos- nós?
(ouvem-se gargalhadas, o lugar começa a tremer. desespero)
Renata – mais o que é isso?
Luiz- Caramba!
Dandara- São eles! Eles estão se aproximando, vamos sair daqui!
(tentam sair, mais são barrados por Cruel)
Cruel- Vão a algum lugar?
(dão meia volta, e são barrados por Nefasta)
Nefasta – podem dar meia volta!
(riem)
Luiz- caramba!
Dandara - o que vecê veio fazer aqui ?
Luiz - isso são modos de receber uma visita Dandarinha ? pelo chifre do
Dagrão!não se fazem mais fadas como Antigamente.
Dandara- muito engraçado você não e cruel? Dê o fora daqui.
Nefasta- calminha dandara. Não queria que essa visita terminem em tragedia!
Cruel – ora, ora, mais quem são essas crianças ?
Dandara - não enteressa.
Nefasta – como não interessa ? não seja mal educada Dandara.
Dandara – eu já mandei vocês darem o fora daqui !
Cruel – Nefasta você está pensando o que eu estou pensando?
Nefasta - só se você , projeto de nada, estiver pensando no que eu estou pensando.(riem)
Luiz – caramba! Eu não gostei nada , nada, dessas gargalhadas...
Nefasta – cruel imprestável pegue o menino!
Cruel - sim a senhora manda e eu obedeço.(cruel pega o menino pelo braço)
Luiz – caramba!
Dandara – ui! Você nem ouse!(puxa luiz pelo o outro braço)
Renata – olho eu acho que isso não É uma boa escolha.
Nefasta – tudo bem...Para mostrar que eu não sou tão má assim . cruel, Nojo da minha existência deixe o Menino!
Todos – ufa!
Dandara – obriga...
Nefasta - cruel, retardado, pegue a Menina!
Cruel – sim senhora.(pega renata)
Dandara – não!!!
Cruel – pelo chifre do dragão dessa Vez não tem escapatoria!(pega renata Braço.)
Renata – socorro!(esperneia)
Dandara – larga ela cruel, Agora!(tenta salvar renata)
Nefasta – afaste-se(atinge dandara com um raio) obrigada pelo presentinho queridinha.
Cruel – sinto muito dandarinha, mais Vai dar. Temos otimos planos para a pequena.(saem rindo.)
Luiz – não! Renata,Renata... Caramba! E agora ?
Dandara – pela luz do céu Estrelado! O que eu faço ?
Luiz – eu não sei você, mais eu vou procurar a Renata.(sai)
Dandara – luiz! Ai, a confusão esta Formada! Espera renata eu vou lhe Salva.(vai saindo pelo lado Contrario)epa.(da meia volta)ui, é por Aqui.(sai)
Cenário2
Um sótão. À direita uma janela dando para fora de onde se avista o céu. No meio,encostado à parede do fundo, um baú. Uma cadeira de balanço. Cabides onde se vêem,pendurados, velhas roupas e chapéus. Coisas de marinha. Cordas, redes. O retrato veladodo capitão Bonança. À esquerda, a entrada do sótão.
Ao abrir o pano, a Senhora Fantasma faz tricô, balançando-se na cadeira, que
range compassadamente. Pluft, o fantasminha, brinca com um barco. Depois larga o barco e pega uma velha boneca de pano. Observa-a por algum tempo.
PLUFT - Mamãe!
MÃE - O que é, Pluft?
PLUFT - (Sempre com a boneca de pano) Mamãe, gente existe?
MÃE - Claro, Pluft. Claro que gente existe.
PLUFT -Mamãe, tenho tanto medo de gente! (Larga a boneca.)
MÃE -Bobagem, Pluft.
PLUFT -Ontem passou lá embaixo, perto do mar, e eu vi.
MÃE -Viu o que, Pluft?
PLUFT -Vi gente, mamãe. Só pode ser. Três.
MÃE -E você teve medo?
PLUFT - Muito, mamãe.
MÃE - Você é bobo, Pluft. Gente é que tem medo de fantasma e não fantasma que tem medo de gente.
PLUFT - Mas eu tenho.
MÃE -Se seu pai fosse vivo, Pluft, você apanharia uma surra com esse medo bobo. Qualquer dia destes eu vou te levar ao mundo para vê-los de perto.
PLUFT -Ao mundo, mamãe?!!
MÃE - É, ao mundo. Lá embaixo, na cidade...
PLUFT - (Muito agitado vai até a janela. Pausa.) Não, não, não. Eu não acredito em gente, pronto...
MÃE -Vai sim, e acabará com estas bobagens. São histórias demais que você andou lendo por aí... (Pluft corre até um canto e apanha um chapéu de almirante.)
PLUFT -Olha, mamãe, olha o que eu descobri! O que é isto?!
MÃE - Isto tio Gerúndio trouxe do mar. (Pluft fora de cena continua a descobrir coisas, que vai jogando em cena: panos, roupas, chapéus etc.Sempre remexendo, descobre um espartilho de mulher )E isto, mamãe, (aparecendo) que é isso? Ele trouxe isto também do mar? (Coloca o espartilho na cabeça e
passeia em volta da mãe.)
MÃE - Pluft, chega de remexer tanto nas coisas...
PLUFT - (Larga o espartilho de mulher no chão e passeia na cena à procura do que fazer) Vamos brincar, tá bem? Finge que eu sou gente. (Veste-se de fraque e de cartola.)
MÃE -(Sem vê-lo) Chega de fazer desordem, meu filho.
PLUFT - (Pé ante pé, chega por detrás da cadeira da mãe e grita) Uuuuh! (A mãe leva um grande susto e deixa cair as agulhas e o tricô) Eu sabia! Eu sabia que você também tinha medo de gente. Peguei! Peguei! Peguei mamãe com medo de gente...peguei mãe com medo
de gente!...
MÃE -(Procurando de gatinhas os óculos e o tricô) Pluft, você quer apanhar? Como é que eu posso acabar o meu tricô para os fantasminhas pobres, se você não me deixa trabalhar?
(A mãe volta à cadeira bufando e Pluft volta à janela pensativo.)
PLUFT -. Que engraçado... (De repente Pluft se assusta) Oh! (Corre até a mãe sem voz e torna à janela) Mamãe, olha lá. Iiii...Estão vindo (Corre e senta-se no colo da mãe) Mamãe, mamãe,
acode!! Eles estão vindo...vindo do reino dos sonhos e subindo pra cá.
MÃE- (Desvencilhando-se de Pluft, que continua agarrado à sua saia, dirige-se até a janela) Não é possível. Desde que nos mudamos para cá ninguém subiu aqui! (pausa) É verdade. Lá vêm eles. (Dirige-se rapidamente para um canto, de onde tira um telefone) Zero-zero-zero-zero, alô, prima Bolha? (Toda a vez que a Sra. Fantasma fala ao telefone ouvem-se em resposta barulhos de bolhas d'água, o que é conseguido soprando palavras por um tubo de borracha dentro d'água) Sou eu. Olha, uma surpresa hoje, aqui. Adivinha
só. Gente! Ainda não sei. Sim...sim...Telefono, querida. Adeus, meu bem, eles estão se
aproximando. Vem, Pluft.
PLUFT - (Tremendo) Que medo... que medo... que medo...
MÃE –Aiai,aiaia...Vamos ser fortes meu filho! Vamos ser fortes!(ouve-se as risadas ainda mais próximas) Eles estão chegando meu filho, vamos tomar uma atitude de coragem, vamos... vamos nos esconder! (escondem-se as pressas)
(Entra Nefasta e Ccruel, arrastando Renata)
Nefasta – chegamos enfim, este é o lugar! Foi aqui mesmo que a fada suprema escondeu a varinha mágica secreta, finalmente ela será minha!
Cruel- (tratando de amarrar Renata em uma cadeira ) Sim nefasta, eu diria até que agora a safada Dandara não terá escapatória. É o fim do mundo dos sonhos, (riem)
Nefasta- Há dez anos que eu espero. Estou cansado,também, ora...Sabem lá i que é esperar 10 anos para concretizar um sonho?
Cruel- Nefasta, eu adoro ouvir a sua histórua, conta, conta!
Nefasta – Eu e a Dandara, há dez anos eramos muito amigas...Eu sempre sonhei em ser a guardiã do reino dos sonhos, desde de criança era o sonho da minha vida. Mas aí quando finalmente a fada suprema virou luz, imagine quem, adivinha quem tomou o lugar que de fato deveria ser meu?
Cruel – quem majestade? Quem, quem?
Nefastasta – A palerma, a detestável, a insuportável: Dandara! (trovôes) .
Cruel- A nefasta, como a Dandara é mal!
Nefasta – Má foi o que eu me tornei depois de que tudo aconteceu! Aparti de então, passei a dedicar toda a minha vida a destruir a Dandara, eu vou acabar com ela, para que então eu possa realizar meu lindo sonho...
Cruel- e quem poderá nos ajudar ? quem ? quem? A Renatinha! Pois somente ela tendo o coração puro, poderá usar a varinha mágica secreta e destruir aquela fada sem graça!.(Escurece de repente)
Nefasta - Que é isto? (Vai à janela) Ainda é cedo, sol dorminhoco! Que escuro! Como vou procurar a minha varinha neste escuro? Cruel, ser detestável, me passe a lanterna!
Cruel – lanterna? Eu esqueci a lanterna minha suprema nefasta! Quem tem uma lanterna? (Para a menina) Você tem?
Nefasta -Então preciso ir até mundo real buscar uma lanterna. E quanto a você cara de meleca, fique aí e tome conta da moleca! Ih, rimou. (rir) Eu vou mas eu volto! (sai).
Cruel- Você vai ficar aí presinha na cadeira. Mas não precisa fazer essa cara de vítima, que o Cruel é bonzinho... Ele não vai te matar não...ele vai... ele vai casar com você... destruiremos a Dandara, a Nefasta e quem mais atravessar o nosso caminho! Fique aí quetinha que vou buscar algo pra você comer e ficar fortinha!
(A menina começa a chorar baixinho, desvencilhando-se na cadeira, tira a mordaça e corre até a janela.)
Renata- Socorro! Socorro! Socorro! Luiz! Dandara!! meus amigos... me salvem! (Sempre choramingando, Maribel com muito medo procura conhecer o sótão, olhando amedrontada para todos os lados; Pluft, que estava à espreita, aproxima-se devagarinho e muito receoso.)
PLUFT -Oh! (A menina ao ver Pluft, desmaia.)
MÃE - (Chegando) Ora, Pluft, quem mandou você aparecer?... assustou a menina...
PLUFT -(Agarrando-se à saia da mãe) E agora?
MÃE (Coloca a menina na cadeira) Agora temos que esperar que ela volte do desmaio. Coitadinha! (Saindo) Vou procurar algum remédio para desmaio de gente. Fica aí tomando conta dela.
PLUFT - (Segurando a mãe) Eu?!
MÃE - (Voltando-se) Você, sim.
PLUFT - Mas eu tenho medo de gente, mamãe!
MÃE - Você tem medo dela?
PLUFT - Dela...muito não. Mas dele, tenho sim!...
MÃE -(De dentro) Ele não volta tão cedo. A cidade é muito longe.
(Pluft fica na dúvida, vendo se segue a mãe ou não. Por fim, na ponta dos pés trata de observar a menina com
curiosidade e medo. Um momento a menina se mexe e Pluft sai correndo, quase sem fôlego, voltando depois para tornar a observá-la. Pega nos cabelos da menina e sente prazer.)
PLUFT -Gente é engraçado!... (Continua a observá-la até que a menina torna a mexer)
Mamãe!
MÃE - (De dentro) Que é, Pluft?
PLUFT -Você está aí?
MÃE - Estou.
PLUFT - (Aliviado)Ah!... (A menina torna a mexer-se) Mamãe, quem sabe a gente pega isto aí e joga lá na noite e depois fechamos bem a porta para os monstros não voltarem, e ficamos
aqui, nós sozinhos, só fantasmas ...
MÃE - (De dentro) Pluft, quem te ensinou a ser ruim assim?
PLUFT - (Sempre olhando a menina em atitude de defesa) Não é ruindade não, mamãe...É medo!
MÃE - (De dentro) Se seu pai fosse vivo! Que fantasma corajoso ele era. (Aparecendo só de rosto e tornando a desaparecer) Você quer mesmo jogar esta menina fora pela janela, Pluft?
PLUFT - Acho que não quero não. Mas ela podia bem ir logo embora. (Rodeia a menina, muito aflito) Você não acha, mamãe? (Pluft levanta a cabeça da menina) Ooooooooh!
MÃE -(De dentro) O que é, Pluft?
PLUFT - (Radiante) Mas gente é uma gracinha., mamãe...
MÃE - (De dentro) Nem sempre, meu filho, nem sempre...
(Pluft se aproxima e cutuca a menina. Esta torna a se mexer um pouco...Pluft se assusta menos. Renata torna a ver Pluft, se assusta, mas se levanta e fita Pluft, espantada. Os dois ficam, um em frente do outro, guardando certa distância, em atitude de mútua contemplação. Silenciosos, com respiração presa, ficam assim por algum tempo.)
RENATA - (Tensa) Como é que você se chama?
PLUFT - (Tenso) Pluft. E você?
RENATA - Eu sou RENATA .
PLUFT - Você é gente, não é?
RENATA Sou. E você?
PLUFT - Eu sou fantasma.
RENATA Fantasma, mesmo?
PLUFT - É. Fantasma mesmo. Mamãe também é fantasma.
RENATA - (Relaxando) Engraçado, de você eu não tenho medo!...
PLUFT - (Idem) Nem e de você. Engraçado...
MÃE - (De dentro) Pluft!
PLUFT - É minha mãe. Com licença. Que é, mamãe?
MÃE - (De dentro) Com quem é que você está falando?
PLUFT - Com RENATA.
MÃE - Com quem?
PLUFT - (Gabando-se) Ora, mamãe, com gente... (Aproximando-se mais da menina com ar de velha amizade) Com RENATA.
MÃE - Ah! Então ela já acordou?
RENATA - Mas sua mãe também é fantasma?
PLUFT - Claro, ora! (Ofendido) Você queria que ela fosse peixe?
RENATA - E seu pai?
PLUFT - Meu pai era fantasma da Ópera.
RENATA - Fantasma da Ópera? Quer dizer que ele cantava?
PLUFT- isso mesmo!
RENATA – cantar é simplesmente o máximo, e pra mim então, é praticamente a minha vida! Meu sonho é cantar e encantara as pessoas!
PLUFT – que lindo sonho!
RENATA – zombam de mim, dizem que não vou conseguir, que sou louca, que isso é ilusão...mas sonhar não cusata nada. Só é preciso que eu lute para transforma-lo em realidade!
RENATA -Que coincidência, hem? Você e meu pai gostarem tanto de musica.
PLUFT – pois é, que coincidência!
(Os dois ficam rindo por alguns momentos, contentes com a descoberta mútua.
Maribel cutuca o fantasminha e acha graça de ele ser diferente dela.)
RENATA-ai pluft, eu não consigo para de pensar em toda essa loucura.(vai até a janela) eles vão voltar, eles querem destruir a Dandara e o reino dos sonhos e aquele maluco ainda quer casar comigo!
PLUFT- isso não pode acontecer, mas o que vamos fazer?
RENATA-(Começando a chorar) eu não sei... não sei ... não sei ... (Cai sentada à beira da janela.)
PLUFT - Que lindo! Que lindo! Que lindo!... Mamãe, mamãe... acode aqui... a menina está
Mijando pelos olhos!...
MÃE - (De dentro) Ela está chorando, meu filho.
PLUFT
Que lindo é chorar, mamãe... Também quero!
MÃE
(De dentro) Fantasma não chora, Pluft. Senão derrete. (Chegando) Vá buscar um
pano para enxugar os olhinhos dela.
PLUFT
(Sai e torna a voltar) Para pegar o choro dela?
MÃE
É. (A mãe fantasma passa a mão na cabeça da menina, que se assusta ao vê-la) Ah!
Tinha me esquecido. (Formaliza-se toda para se apresentar. Põe na cabeça um chapéu
fora de moda) Sou a mãe de Pluft. (cumprimentos) Aceita um pastel de vento? (Sai)
PLUFT
(Chegando com um pano) Toma para você pegar seu choro.
(Dona Fantasma volta com uma bandeja cheia de pastéis imaginários que oferece ao
mesmo tempo come.)
RENATA
Muito obrigada, senhora Fantasma, a senhora é muito gentil. Mas estou tão nervosa, que nem posso comer.Tenho muito medo do que Cruel e a Nefasta serão capazes de fazer se encontrarem a varinha mágica sectreta.
MÂE – Nem em fale minha filha, isso não pode acontecer, Sem falar que se isso acontece o mundo real também será afetado, ninguém jamais poderia tornar seus sonhos em realidade.
RENATA_ o que ? então é bem pior do que eu imaginava.
MÃE- se a fada suprema fosse viva, estaria aflita com essa situação.
PLUFT – mãe, a senhora conhecia a fada suprema?
MÃE – Nós eramos muito amigas, até o pior acontecer.
AMBOS – Pior?
RENATA- mais do que a senhora está falando?
MÃE – A Nefasta, antes de ser a bruxa que é hoje, era uma fada adorável. È verdade que ela sempre sonhou em ser uma guardiã do reino dos sonhos, mas por esse sonho, ela foi capaz das piores atrocidades. Até mesmoi de destruir a fada suprema.
PLUFT- então foi a nefasta?
MÃE – isso é que todos contam.ela descobriu e usou a varinha mãgica secreta para destruir e rainha suprema que se negava em repassar o cargo para ela que antes era chamada de magali. Mesmo atingida a rainha suprema recuperou a varinha e a escondeu em um lugar até então secreto!
RENATA – pelo o que eles falaram, esse lugar é aqui!
MÃE- (nervosa) Bem, é o que parece!
RENATA- eu tenho um grande sonho sabe, quero muito ser cantora, mas jamais passaria por cima de ninguém para conseguir o que quero, devo lutar sim mas de forma justae honesta!
MÃE – Muito bem minha filha, quem acredita sempre alcança!
RENATA- Meus pais ja devem estar preocupados comigo la no festival. Se ao menos meu amigo luiz estivesse aqui.
PLUFT- Mas onde estar seu amigo?
RENATA – Não sei. Ele deve estar com a Dandara.Ai Pluft, eu não posso ficar aqui parada, tenho que fugir depressa.
PLUFT - Sozinha nesta praia branca?!
RENATA -É.
PLUFT - Neste escuro preto?!
RENATA -É. Já vou, antes que aqueles malvados voltem.
PLUFT -Espera! (Pára e respira fundo) Pronto! Tomei coragem. Mamãe, mamãe... Eu vou. Eu vou ao mundo procurar os amigos de Renata. (Entra a mãe.)
MÃE -(Numa efusão de alegria) Meu Filho! (Abraçam-se) Se seu pai fosse vivo, ficaria orgulhoso de você. (Sai rápida)
PLUFT -Vou fingindo de gente. Vem me ajudar, Renata. (Põe a cartola e o fraque que estão pendurados na cabide ajudado por Maribel.)
MÃE - (Chegando com uma malinha) Toma aqui, uns pastéis de vento para vocês comerem no caminho. (Ajeita o filho) Cuidado com o sol para não te derretes... Procura o vento sudoeste que é o mais agradável. Trata de ser um fantasminha decente, sim? Só prega susto naqueles que merecerem. Se encontrares algum outro fantasma assustando alguém, procura outra gente para assustar. Há trabalho para todos. E volta um fantasma de verdade. Tenho
certeza de que vais gostar do mundo. Abre bem o olho para veres as coisas bonitas que existem por aí e cuida bem da menina.
PLUFT
(De mão dada com Renata) Sim, mamãe... sim... adeus! (Toma a benção da mãe)
Vamos, Renata, vamos procurar seus amigos.
RENATA -Adeus, senhora Fantasma. Voltaremos para procurar o tesouro. Nunca vi família mais simpática, muito obrigada...
PLUFT - Vamos, Renata... Iiiiii! Está me nascendo uma coragem!
MÃE -(Correndo ao telefone) Zero, zero, zero, zero, alô! Prima Bolha querida, imagine que o meu Pluft resolveu ir!!! Sim, Sim... Tal pai, tal Pluft! Que coragem, hem, prima
Bolha? Que coragem!... que coragem...
(Na disparada entram Pluft e Maribel)
PLUFT -(Ajoelhando-se aos pés da mãe e agarrando-se à sua saia) Lá vem ele, mamãe, lá vem ele Que medo! que medo! que medo!...
MÃE - (Desiludida) Pluft!...
PLUFT -Mas ele é enorme, mamãe!
RENATA - (Pondo a mordaça e sentando-se na cadeira) Depressa, para ele não desconfiar...(Pluft e a mãe ajudam com grande aflição a amarrar a menina , EM SEGUIDA SAEM DE CENA. ENTRA Cruel trazendo umas frutas.)
(Entram Cruel)
CRUEL-Ah! (Tira a mordaça da menina) Você ainda está acordada, minha bela? Trouxe algumas frutas pra você comer, comer e ficar fortinha pra casar com o cruelzinho. O que acha de me dar um beijo? (Renata esperneia),
Você será a rainha mais linda que ja existiu...(precipita-se a beija-la, ouve-se porém as risadas de nefasta, ele afasta-se).
NEFASTA – (Entra com um castiçal e algumas velas) Voltei. agora
podemos procurar a noite toda... Trouxe três velas... De manhãzinha sairemos para colocarmos nosso plano em prática! (Olhando para o encosto da cadeira) Que é isto? O laço
afrouxou? Cruel, cara de pum, aperte ja esse nó! e acenda ja a vela!
CRUEL- (Deixa o castiçal e começa a apertar o laço. Pluft, nas pontas dos pés, apaga a vela e corre de novo para o seu lugar; a cena escurece) Oh! O vento apagou a vela. (Tira uma caixa de fósforos do bolso e volta a acender a vela) Vamos começar a busca.( Torna a segurar o castiçal e, sempre
procurando, dirige-se para o lugar onde está Pluft [atrás da cortina])
RENATA - Ai!
NEFASTA -(Virando-se para ela) Que é? (Pluft aproveita o momento e torna a apagar a vela. Ela volta-se para Cruel ) Apagou de novo! O que foi, hem, menina?
MARIBEL -(Disfarçando) Estou com medo...
CRUEL(Aproximando-se) Medo? Perto do incrível Cruel? (Risada) Ah! ah! ah! Foi vento (Acende de novo) Nem vento pode com o Cruelzinho. Pergunta ao mar, se eu tinha medo de
vento. (Enquanto ele fala com a menina, Nefasta está distraída com o que procura. Lá fora o vento começa a soprar) O vento é que tem medo de mim. (Ouve-se umagrande trovoada com ventos fortes. É o vento rotestando. Cruel estremece e corre
para a janela para se desculpar) Eu estava brincando... eu estava brincando. (O vento cessa. Cruel para junto de nefasta que está adimirando um báu)
NEFASTA –Ora, mas vejam só, muito suspeito... Onde é o lugar de guardar segredos? (Demonstrando muita lógica)
CRUEL- Lugar de guardar segredos é baú, ora! (Começa a abrir o baú, e quando aproxima a vela, Renata
grita de novo.)
RENATA - Ai!
CRUEL- O que foi, hem, menina? (Quando ele se vira para Maribel, A mãe fantasma sopra a vela) De novo! Raios me partam ! Sacripanta! Com um monstro honesto não se brinca!
NEFASTA- O que foi em menina? O que foi dessa vez?
RENATA – Eu acho que eu vi um fantasma.
NEFASTA – Fantasma? Ora essa?
PLUFT – (espirra)
MÃE – Meu filho!
NEFASTA - Quem falou aí? (corre para onde está Pluft.)
CRUEL - Quem está aí? Quem está aí?
Não tenho medo de ninguém, estão ouvindo? (Pluft e sua mãe começam a rir,acompanhados de outras gargalhadas de fora da cena) Quem é que está rindo de mim, já
disse...( Pausa. Cessa o riso) será que estamos ficando doidos Nefasta?
NEFASTA – ora essa, vamos embora!Voltaremos quando o sol nascer.
CRUEL – está com medo Nefasta?
NEFASTA – Como ousa? Ora, vejam só! Olhe só pra mim coisa horrenda,eu sou uma bruxa respeitada. Vamos, porque...porque vamos ora, não lhe devo explicações!
CRUEL – É melhor mesmo nefastinha! Voltaremos quando o solo nascer!
NEFASTA- Desamarre a moleca, ela vem com a gente!
CRUEL- (Desamarrando Renata) Quero ver quem pode apagar o sol. O sol ninguém apaga, estão ouvindo? Vamos, menina,amanhã bem cedo voltaremos. Querover quem pode apagar a luz do sol... O sol ninguém apaga, nem vento, nem... (saindo)fantasmas!
PLUFT
Coitadinha... Coitadinha... Coitadinha... Lá vai ela puxadinha por aquele bruto...
Seu cara de gente! Ela está tão branquinha que até parece fantasminha... Que gracinha!
(Dando socos no ar com muita energia) Vou pegar aquele bruto, dar um soco nele...
mamãe, precisamos salvar a menina!
MÃE
(Entrando) Se ao menos pudéssemos saber onde está a varinha mágica!
PLUFT- Será que está mesmo no baú? O tio Xisto deve saber.
MÃE - É mesmo.
PLUFT - (Para o público) Xisto é meu primo, fantasma de avião. (Chamando) Xisto! Xisto! (Olham para cima. Ouve-se barulho de avião se aproximando.)
MÃE - (Sempre olhando para cima) Xisto, você sabe onde está o tesouro do falecido capitão Bonança?... O quê? (barulhos de bolhas) Fale mais alto, ou então, desce!
PLUFT -Ele fica enjoado quando desce. O quê? Ele está falando em fantasmês. Pode falar
português. Xisto, todo o mundo aqui é amigo. (À platéia) Ele é muito desconfiado. Está dizendo que quem sabe onde está o tesouro é a prima Bolha. É bem capaz. Prima Bolha
trabalha na polícia secretíssima...
MÃE - (Que durante a conversa de Pluft com a platéia ficou conversando com Xisto em fantasmês) Obrigada, Xisto, vou telefonar já, já, para a prima Bolha. (Corre ao telefone) Zero, zero, zero, zero. Alô! Quer fazer o favor de chamar a dona Bolha de Sabão. Alô?
Prima Bolha, querida, antes de mais nada quero avisar que amanhã é a reunião das senhoras
fantasmas para incentivar o intercâmbio cultural entre gente e fantasma. (Barulho de bolhas
muito agitadas.)
PLUFT - (Que está aflitíssimo) Anda, mamãe. Não temos tempo a perder. Deixa de falar difícil e entra logo no assunto. (Um relógio bate três horas) Três horas da manhã! Está
vendo? Coitadinha da Maribel... Não agüento mais. Vou sozinho ao mundo salvar minha amiga... (Trepa na janela e fica parado, a olhar, enquanto a mãe fala rapidamente fantasmês ao telefone).Mais gente, mamãe! (corre pela cena agitado) eu acho que só pode ser os amigos da Renat!
MÃE – (agitadissima)Visitas1 Visitas! Pastéis! (sai).
(Entra Dandara e Luiz)
LUIZ- Renata, Renata, você está aí?
Alguém?droga! ninguém reponde!
DANDARA-(entra correndo e esbarra em Luiz)Luiz, que bom que te encontrei.ui, ai você encontrou a Renata?
LUIZ- não, não a encontrei. Mas eu vi uma borboleta falante e ela me disse que viu o cruel e a nefasta entrando aqui, carreagndo uma menina.
DANDARA- Me disseram a mesma coisa! Só pode ser a Renata.Ai! como eu pude deixar isso acontecer?
LUIZ- calma Dandar, nós vamos encontra-la e acabar com aqueles monstros!
DANDARA-(Desanimada) Já andamos muito... Pobre Renata!mas custe o que custar, nós vamos encontra-la e depois procurar pela varinha mágica secreta!
LUIZ- então, Um por todos e todos por um, vamos!...
DANDARA- iupe! pena que o todos, seja apenas eu e você! Esse lugar ta me parecendo um pouco esquisito além da conta...
LUIZ- ta me dando até calafrios...
DANDARA- que as forças do bem nos proteja ...(começam a procurar).
PLUFT- (de longe, sem ser visto) São eles mamãe, só pode ser! Os amigos da Renata, agora eles podem salva-la!
MÂE – Preciso contar para a prima bolha!(vai saindo afobada)
PLUFT- mamãe, estou com medo! Eles vão me pegar!
MÃE (de dentro) Claro que não meu filhinho, eles são amigos!
(Pluft volta e espera, solenemente sentado no meio da cena. eles tornam a entrar em cena, ambos esbarram em pluft).
DANDARA - V ocê está vendo, luiz?
LUIZ - Você está vendo, dandara?
DANDARA -Estou.
LUIZ -Estou.
AMBOS – caramba!
DANDARA- deve ser sonho! (Esfregam os olhos.)
PLUFT-buuuuuuuu!
(Os dois dão um berro e saem correndo, cada qual para um lado, sendo
que João desaparece pela janela; Pluft olha para eles com desprezo e sai com muita dignidade.)
PLUFT - (Saindo) Medrosos!
LUIZ - (Voltando com cautela e olhando para o lugar onde estava Pluft) Ué! Desapareceu! Era sonho mesmo. (Dandar também observa o ambiente e concorda).
DANDARA-será que ele se foi mesmo?
LUIZ- precisamos ser fortes Dandara!
DANDARA- é você tem razão!
(pluft retorna sem ser visto)
PLUFT- oi!
LUIZ - Você ouviu?
DANDARA – ouviu sim...
LUIZ (Tremendo e querendo fugir) Ouvi, sim... Vamos embora por favor!
(Os dois começam a caminhar olhando o ambiente, Pluft reaparece e começa a marchar atras deles, divertindo-se com a situação esbarra no último. Luiz, que
olha para trás, leva um grande susto e desmaia. Pluft puxa Dandara que também leva um susto e desmaia).
PLUFT
Oh! Mamãe, os visitantes se desmancharam...
(Luiz, quando volta a si, dá de cara com Pluft observando-o; começa a tremer e sai correndo, mas dá com a mãe que vem entrando e torna a desmaiar.)
MÃE - Que gente mais medrosa, meu Deus! Coitadinha da Renata, arranjou cada amigo...(A senhora Fantasma atravessa o palco pulando os desmaiados)
PLUFT - (Observando Dandara, que começa a acordar)
DANDARA -(Esfregando os olhos sem ver Pluft) Hem? Hem? (Começa a levantar-se, apoiandose em Pluft) Precisamos salvar a Renata e o mundo dos sonhos!
PLUFT
Precisamos sim. E eu posso ajudar, Também sou amigo da Renata sabe? O Cruel e a nefasta esteveram aqui e...
DANDARA - (Que ficou estatelada, afasta-se de um salto, não acreditando no que vê) Pelo o sol encantado, acho que estou louquinha... Juro que estou vendo coisas. Oh! Vejo monstrinhos à minha frente... Luiz! Luiz!Estou vendo monstrinhos, fantasmas...ssombração...
PLUFT -Fada boba, sem educação! Monstrinho é você, seu cara de gente! Vou contar à mamãe que você me chamou de monstrinho. (Sai)
DANDARA - (Procurando acordar Luiz) Estou ouvindo coisas, Luiz... Coisas...Luia...Luiz...
LUIZ- Quem está vendo coisas aí? Oh! Acho que estamos loucos.
DANDARA-Esta casa é mal assombrada...
(Luiz eDandara assustam-se)
PLUFT -(Entrando com a mãe) Eles me chamaram de monstrinho, mamãe...
MÃE -Está aí uma coisa que eu não admito... Confundir-nos com monstrinhos... Há que salvar a dignidade da família. Onde estão eles?
PLUFT - Estão alí mamãe!
MÃE –Então foram vocês?
LUIZ- Olha desculpa, dona fantasma, a gente(vão saindo) Nós,nós...só queriamos encontrar a nossa amiga....
MÃE – Em primeiro lugar, fiquem sabendo que não gostei nada de terem chamado meu filho de monstrinho, entenderam?
DANDARA- desculpa dona fantasma, eu não quis dizer isso, por favor me desculpa! (dramática)olha, vamos ser amigas? Eu sou tão legal! Mas caso contrário, você pode nos destruir, acabar com a gente, fique a vontade, eu me rendo! (ajoelha-se) Que cumpra-se o destino! Ó que vida sofrida, estou acabada, é o meu fim! Não, não, não! (chora desesperadamente).
MÃE – Pluft meu filho, acode! A fada desmiolou de vez, ficou doida!
LUIZ- Para Dandara!(ela continua fora de sí).
DANDARA - Juro que estou vendo coisas.mosntrinhos, falando coisas, deve ser sonho, loucura, mas não podemos desistir...
PLUFT- Mamãe, mamãe, e agora?
MÃE- E agora meu filho?(ambos andam de um lado para outro).
LUIZ –Desculpa Dandara,(ela continua descontrolada)mas vai doer mais em mim do que em você!(bateno rosto dela).
DANDARA – ai, ui, quem? O que?
PLUFT – gente, olha só, não podemos mais perde tempo, temos que nos unir, a Renata corre perigo!
LUIZ/ DANDARA – Renata?
LUIZ- você falou Renata?
DANDARA – vocês a conhcecem?
LUIZ- Ai como ela estava? Tava ferida? Tava sofrendo? O que ela falou? Caramba, respondam!
MÃE - Calma meu rapaz, eu sou uma senhora de idade, não acompanho o seu ritmo!
DANDARA- mais afinal, o que vocês sabem sobre a Renata?
PLUFT – O dia ta nascendo, eles vão voltar!
LUIZ- eles?
MÃE – sim, ela está com o cruel e a nefasta. Eles querem encontrar a varinha mágica secreta e destruir a Dandara e o reino dos sonhos!
Luiz - Caramba!
Dandara –Por todo o mar azul, isso não pode acontecer!
PLUFT – (espiando pela janela) São eles! Depressa gente, vamos nos esconder!
(todos se escondem, entra Cruel e Nefasta arrastando Renata)
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