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domingo, 10 de janeiro de 2010

A HORA É ESSA!

PEÇA – A HORA É ESSA!
TEXTO E DIREÇÃO
Denílson David

PERSONAGENS –

Jorge Diretor sonhador
Luís Professor conservador
Alice Professora revolucionário
Regina Faxineira

OS ALUNOS:
Fafá implicante
Paulo engraçadinho
Tina babona Max Malandro
Bio Cdf

ATO ÚNICO

Abrem-se as cortinas, entram alunos de todos os lados. Conversam e riem muito. Em meio á eles está Dona Regina que varre a escola. Entra Alice carregada de livros. Tropeça e cai. Todos riem. O sinal toca, os alunos saem de cena.

REGINA – (Entra varrendo e pára quando vê Alice) Posso ajudar a dona?

ALICE – Oi, eu sou professora me chamo Alice muito prazer!

REGINA – Prazer Regina!

ALICE – Sabe o que é dona Regina? É que eu vim substituir o professor Teobaldo. Mais o problema é que eu não conheço ninguém aqui. A senhora poderia me ajudar?

REGINA – Você tem mesmo certeza que quer ensinar neste colégio?

ALICE – Claro.

REGINA – Às vezes penso que ate um santo desistiria de ensinar na Rainha da Paz. Eu mesma só trabalho aqui por falta de opção.

ALICE – Mais por quê?

REGINA – Os alunos daqui são umas pestes, Tem de tudo bandido, marginal, prostituta, todos os dias venho trabalhar esperando encontrar a morte aqui nesta escola.

ALICE – É tão perigoso assim?

REGINA – Perigoso é pouco minha filha, isso aqui é um inferno! Cuidado, muito cuidado. (Sai)

ALICE – Inferno? Dona Regina, dona Regina a senhora precisa me ajudar. (Jorge entra pelo lado oposto e esbarra com Alice)

JORGE – Desculpa. Bom dia, você quem é?

ALICE – Alice sou a professora substituta do...

JORGE – Claro, seja bem vinda!Eu sou Jorge diretor da escola.

ALICE – Obrigada.

JORGE – Espero que se adapte bem. Creio que já tenha ouvido falar em o quanto é difícil lecionar na Rainha Paz.

ALICE – Ouvi coisas terríveis, o senhor nem imagina.

JORGE – Admiro sua franqueza! Apesar dos pesares essa escola é minha vida gostaria de vê – lá transformada em algo mais um simples... Edifício. Mais eu estou tão sozinho, entende?

ALICE – Acho que sim.

JORGE – A escola está ai para educar. Os pais esperam que façamos milagres com os filhos com apenas 4 horas de contato por dia.

ALICE - Pois é. E muitos põem os filhos na escola porque não tem onde colocar.

JORGE - Quando eu digo que os pais precisam ser reeducados dizem que sou implicante em lares sadios a formação do jovem se torna muito equilibrada.

ALICE-E como reeducar os pais?

JORGE - Essa é uma boa pergunta! Que precisa imediatamente de uma resposta. muito bem, como pode ver será uma difícil tarefa! Agora vamos até a sala dos professores. Suas aulas serão à tarde e a noite e você poderá entrar em contato com os alunos ainda hoje. (Saem)

(SALA DE AULA)

LUIZ – Todos sentados! O sinal já bateu. Eu não quero ouvir nem mais um ruído!

BIO – Licença professor, posso entrar?

LUIZ – É claro que não. O sinal tocou faz dois minutos. Retire-se, por favor!

BIO – Mais professor eu estava na biblioteca...

LUIZ – (cortando-o) Pouco me importa o que você faz ou deixa de fazer, fora!

BIO – Mas...

LUIZ – Fora! E que isso sirva de exemplo para todos.

FAFÁ – (grita estérica) Roubaram meu dinheiro!

TINA – Tem certeza?

FAFÁ – Claro que tenho! Eu tinha um e ciquenta na bolsinha e agora não está mais!

PAULO - que ladrão barato se sujar por tão pouco.

LUIZ – Então existe um ladrão nessa classe?

MAX – chame a polícia fafá, isso é caso de cadeia.

ALICE – Bom se ate o sinal bater esse dinheiro não aparecer amanhã todos terão que fazer um provão com os assuntos durante o ano todo. (Reclamação Geral)

FAFÁ – Eu também professor?

LUÍZ – Você também!

TINA – Professora e ela estiverem mentindo?

FAFÁ – Eu não sou mentirosa! Se repetir isso eu enfio essa bolsa pelo seu ouvido.

LUÍZ – Silêncios todos! Minha decisão já foi tomada!(Bate o sinal LUÍZ sai).

MAX - Eu não suporto esse Luiz.

BIO –(entrando) Gente tão falando que é professora nova. O velho Teobaldo não agüentou o tranco. Pediu demissão.

PAULO – Se for igual ao teobaldo velho gaga e caindo os pedaços vai ser fácil. (Entra Alice e Jorge).

JORGE – Bom dia pessoal gostaria de apresentar a nova professora de geografia a Alice. Tratem-na com educação, boa aula!

MAX – Rapaz que professora gostosinha!

ALICE – Oi para todos. Meu nome é Alice! Quero conhecer cada um de vocês, mais de uma forma diferente.

TINA – Professora é só fazer a chamada.

ALICE – Isso fica pra depois. É o seguinte: um a um vão vir aqui no centro. Dizer seu nome e fazer um movimento estranho, e todos repetem e assim por diante. Entendido? Vamos começar?

MAX – Isso é coisa de frutinha.

ALICE – Por favor, não custa nada participar. vamos começar?

(TODOS PARTICIPAM MESMO QUE UM POUCO TÍMIDOS)

ALICE – Muito bem. Agora em seus lugares. Por favor, gostariam que vocês abrissem o livro na página 17. Vamos ler sobre espaço geográfico, quem poderia ler?

BIO-Eu professora! (lendo) Espaço – Distância entre dois pontos, lugar mais ou menos bem delimitado, cuja...

ALICE – Espere, por favor, fechem os livros.

TINA - Professora a gente acabou de abrir.

ALICE - (Rir) – Mais e daí abriu, agora fecha, simples. Gente eu não sei por que os livros insistem em serem chatos não buscam o novo. Espaço nada mais é que um lugar delimitado que pode ou não conter alguma coisa. (pausa) Troquem de lugares. Todos vamos. Agora fiquem de pé nas carteiras.

FAFÁ - O que é isso é maluquice!

ALICE - temos que ser um pouco malucos para entendermos a loucura da vida querida, ande fiquem de pé. (a começar por Paulo todos fica exeto tina).

TINA - Eu não fico.

ALICE - Observe a sala de um outro Ângulo de uma maneira diferente.

PAULO – Aí, é estranho não dar para explicar, é diferente.

ALICE - Vocês estão vendo o mesmo espaço, mas de forma diferente. Agora vamos ver outros espaços. Outros espaços, outros lugares.

MAX - Vamos sair da sala de aula?

ALICE - É, vamos dar uma voltinha.

TINA - Essa professora é maluca. (Saem)
.
LUIZ –(entrando) Mais que barulho é esse?

TINA – Professor, essa estranha que acabou de entrar é doida varrida não fez chamada. Mandou fechar os livros. Mandou todo mundo subir nas carteiras. E pra completar foram passear.
LUIZ – Isso é um absurdo!

TINA – Pois é!

LUIZ – Amanhã é um outro dia. Logo cedo falarei com o diretor

(DIA SEGUINTE)

(SALA DOS PROFESSRES)

DOUTOR JORGE – (Entrando) Bom dia, Dona Regina!

DONA REGINA – Bom dia Sr. Jorge!

ALICE – Bom dia a todos!(Jorge e Regina respondem)

LUIZ – (Entrando) Operário faz greve, funcionário publico federal faz greve, médico faz greve... Mais quando chega a vez do professor, ele entra pelo cano. Maldita hora que comecei a lecionar! Eu deveria qualquer coisa na vida menos professor.

REGINA - Você reclama demais da vida.

LUIZ - A vida está pela hora da morte, não sei o que mais o governo quer da gente! Quando chega a sexta-feira, estou querendo morrer!

JORGE - Também quem manda ensinar os três turnos.

REGINA - Belas aulas devem ser!

ALICE - Eu com um turno eu quase morro. Como faz para corrigir as provas?

LUÍZ - E você acha que sou cretino de corrigir? Dou nota pela cara do aluno e ele que se dane.

JORGE - Mais isto está errado.

LUIZ - E que me importa? Hoje em dia, ninguém leva a coisa a sério, ninguém quer estudar!

ALICE - Mais se todos fizerem como você aí sim que os alunos vão aprender cada vez menos.

LUIZ – Não me critique mocinha! Eu já fiquei sabendo que suas aulas são esquisitas.

ALICE – Esquisitas, por quê? Por que busco o novo, eu estou cansada de dar aulas enfadonhas e que o aluno assiste simplesmente por obrigação. O aluno tem que vir pra escola por prazer, ele tem que gostar para aprender.
LUÍZ - Isso aqui é uma escola minha filha e não um parque de diversões nosso dever é ensinar e não de divertir ninguém. (Com licença)

JORGE – Sinceramente Luiz, não sei por que cargas d´agua você escolheu ser professor.

LUÍZ - Eu pensei que estava fazendo uma boa escolha, mais francamente com o salário que ganhamos...

ALICE - É meu caro Luiz, o governo finge que paga. Os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem. É um maldito ciclo que precisa ser quebrado.

JORGE – Mim desculpe Alice, é que e meio, meio...

ALICE – Quadrado! Agora eu entendo porque a escola anda tão mau. Bem os alunos me esperam.

REGINA – Esse dois juntos na vai prestar.

JORGE – É seja o que Deus quiser.

(SALA DE AULA)

ALICE – Bom dia! Hoje eu trouxe um dvd sobre o conteúdo que estamos estudando para que vocês possam entender melhor a matéria. Esperem, é impressão minha ou tem alguém fumando? Quem está fumando?

MAX – Sou eu e daí?

ALICE – É proibido fumar em sala de aula, o senhor sabia?

MAX – Não sabia e preferiria ficar sem saber. (Risos)

ALICE – Por favor, queira tirar o cigarro fora.

ALUNO – Aí tu que pediu! (Amassa o cigarro na cabeça do aluno que está a sua frente).

BIO – Eu vou contar tudo pra mamãe!

PAULO - aí Bio virou cinzeiro heim!

ALICE – Isso não foi nada educado, tenha a bondade de jogar o cigarro fora.

MAX – Não tô afim.

ALICE – Muito bem... Turma, vocês podem ir caminhando para a sala de vídeo. Eu vou em seguida.

(TODOS VÃO SAINDO)

ALICE – Você fica Max.

MAX – Por quê?

ALICE – Eu quero conversar com você.

MAX – Não tô a fim de papo.

ALICE – Tudo bem, eu não quero forçar a barra mais olha, rebeldia não é querer e contra tudo e contra toda a rebeldia é ser quem você é sem medo. Porém sem ferir nem machucar ninguém. Você está indo pelo caminho errado meu caro Max, Se cuida! Precisando eu estou aí. (Saí)

MAX - cara, ela é mesmo demais!

DIA SEGUINTE

(PÁTIO)

FAFÁ – Ai eu adorei o filme de ontem!

PAULO - Gente, a professora Alice era tudo que a escola estava precisando.

TINA – Ai não sei não. Acho ela muito maluquinha muito cheia dei nvenção.

MAX – Claro pra você professor bom é só o seu amado: O Luiz (Todos) Ai Luiz!

TINA – Morram, morram todos vocês.

REGINA – (entrando) Hei cambada o sinal já tocou. Vamos, vamos, já pra sala!

BIO – galera vamos assistir à aula da nossa querida Alice. (Saem Alice Entra).

ALICE - Bom dia!

REGINA - Meu Deus que animação!

ALICE - Hoje eu estou a todo vapor. Regina eu queria te fazer uma pergunta: Como a gente descobre o que as pessoas querem da vida!

REGINA - Perguntando ora essa.

ALICE - Parece simples.

REGINA - Quanto mais o homem tenta descomplicar as coisas, mais ele complica.

ALICE - Acho que a senhora acaba de me dar uma idéia. Bom acha melhor eu sair à aula já vai começar. (SAI)

(SALA DE AULA)

ALICE – Bom, gente, e ai, como passaram o fim de semana?
PAULO – Ai o meu foi super tranqüilo.

FAFÁ - o meu foi triste.

ALICE – Bem o semestre está terminando e parece que foi ontem que nos conhecemos. Agora depois de quatro meses será que nos conhecemos mesmo? Será que nos tornamos amigos de verdade? Eu gostaria de voltar das férias e começar diferente. Mas para que isso aconteça, eu preciso saber o que realmente pensam sobre a escola, a classe, a matéria sobre mim, o diretor, professores, sua casa cidade, este país. Se o professor não sabe o que o aluno pensa e espera da vida, como pode orientá-lo ou ajuda-lo? Gostaria que abrissem o coração e diga tudo o que sentem. Desabafem-se à vontade. Acredite será muito importante e somente eu irei ler essas redações.

MAX - Posso escrever mesmo tudo professora?

ALICE - Pode. Não deve! Saibam que não ficarei ofendida se disserem que sou uma chata. Muito ao contrário é honestidade fiquem a vontade teremos a aula inteira. Só pra isso.

ALICE – (lendo) Eu sou um aluno. Sou repetente da oitava. Uns professores não vão com a minha cara. Sabe por quê? Por que se vou bem, nas provas ele acham que colei. Eles nunca acreditam nas coisas que eu sei.
Veja história, por exemplo, o professor que eu decore o nome dos papas. O que me interessa? Eu sei quem é o papa de hoje, mas aqueles que já morreram que diferenças me fazem? Uns colegas meus conseguem decorar igual a papagaio e repetem tudo como que gravador. Depois que acaba a sabatina, sacodem a cabeça... E esquecem tudo.
Já falei com meu pai de sair da escola, por que sei que não, que ninguém vive sem escola. Mas eu pergunto: de que serve a escola, se não ensina nada do que eu quero? Só pra pegar um diploma e guardar no fundo da gaveta? É triste e chata a gente ser obrigado a ficar sentado numa carteira enquanto os professores falam, falam, falam coisas que servem para nada!Meu deus aqui está o caminho... (entra Jorge e luiz).

JORGE - É Alice, enfim chegaram as nossas merecidas férias.

ALICE - Durante as férias, farei um longo exame de consciência e, se tudo der certo como penso, vou começar uma revolução na RAINHA DO CÉU quando começarem as aulas.

LUÍZ - Não vou mexer uma vírgula no meu planejamento. Durante as férias quero sumir, desaparecer se eu ouvir falar em escola arrebento!(saem)

(FÉRIAS)

(sala de aula. Quando Alice chega está o maior corre e corre e tudo bagunçado e revirado.).

ALICE - O que aconteceu?

REGINA - Vândalos dona Alice, vândalos! Entraram na escola e fizeram sujeirada na secretaria, diretoria, cozinha, uma tristeza!

JORGE - Isso é coisa que se faça? Temos tanta dificuldade para manter tudo em ordem, e agora...

LUÍZ - È isso ai meus senhores, depois aparecem certos cidadãos e psicólogos querendo dizer que não existe delinqüência juvenil.

JORGE - Esta bem! Não adianta ficarmos só olhando. È lógico que não teremos aula hoje porque também andaram sujando, dispensem as classes. Precisamos de voluntários que nos ajude a colocar a escola em ordem.

ALICE - Porque não pedimos colaboração dos alunos?

LUÍZ - Alunos? (RIR) essas pestes só servem para atrapalhar.

ALICE - Pois eu vou pedir a uns alunos meus que ajudem.

JORGE - Ótima idéia

ALICE – pessoal eu peço um minuto de atenção. uns engraçadinhos viraram nossa escola do avesso.destruíram quase tudo,agora é para que tudo volte ao normal depende de vocês!

TINA-como assim?

ALICE - ou arregaçamos as mangas e reorganizamos tudo, ou simplesmente cruzamos os braços e assistimos o fim da nossa escola. Então o que me dizem?

(SILÊNCIO)
ALICE - Bem se assim que vocês querem... acho que tenho mais nada que fazer aqui.(vai saindo)

PAULO - espere... Alice eu to dentro!

BIO - eu também!

TINA - a Alice tem razão, essa escola é nossa. por isso não podemos deixar que nada nem ninguém acabem com ela!

MAX - é isso aí vamos revolucionar!

FAFÁ – É isso aí galera, à hora é essa!

(TODOS SE AGITAM)

ALICE - pessoal por que não pintamos a rainha da paz? Quem gosta da cor desta escola?

TINA - Detesto esse amarelinho anêmico! Todas as escolas as escolas precisam ser iguais? Que horror, que falta de originalidade!

JORGE - De que cor você gostaria de ver esta sala?

FAFÁ - Ai, Deus me livre! Prefiro azul.

ALICE - Bem, é claro que não temos dinheiro para pagar um pintor, mais dinheiro para comprar a tinta, podemos dar um jeito. Se resolvêssemos o cano do pintor...

PAULO - Hei esperai! Pintor eu sei e até gosto.

MAX - Eu não sei pintar, mas se me ensinarem aprende depressa.

BIO - Eu também!

FAFÁ - E como vamos arranjar dinheiro para a tinta, professora?

ALICE - Podemos organizar bazares, bingo rifas, feijoadas, leilões...

TINA - E nós mulheres, vamos ficar só olhando?

JORGE - Por que as meninas não fazem cortinas?Quem sabe nossa sala de aula tomaria um ar de sala de conversa em vez de sala de aula?

REGINA - Eu ajudo a fazer a cortina.

FAFÁ-. Também posso ajudar?


TINA - Adorei a gente poderia até trazer um som.

ALICE - Se for baixinho, música suave, que ajude a concentração, positivo.

MAX-, quando podemos começar a pintar?

ALICE - Porque não agora mesmo?

BIO - Como?

JORGE - Tudo precisa ter o primeiro passo para começar. Parece que o nosso tem que ser agora. a hora é essa!!!(todos vibram)

REGINA - Não posso acreditar no que estou vendo!

JORGE - Pois é eu também não queria acreditar. Mas a senhora está vendo com seus próprios olhos.


ALICE - É que simplesmente descobriram que gostam da escola! E tem mais, vão fazer uma horta, comutaria uma rádio escolar, Grêmio Estudantil.

JORGE - è temos que admitir que nossa escola já não seja mais a mesma!

LUÌZ - Vocês não vão conseguir da noite pro dia transformar essa escola

JORGE - Toda corrida começa pelo primeiro passo, e esse é o nosso primeiro passo, uma grande corrida que se inicia rumo à educação que queremos e a escola que sonhamos.

LUÌZ - É eu acho que estão sonhando alto demais. Cuidado com o tombo

REGINA - Sonhar não custa nada.

ALICE - Pois é já dizia Dom Helder Câmara: Sonho que se sonha só é apenas sonho, mas sonho que se sonha junto é a realidade que começa acontecer!

E A VIDA CONTINUA...