PEÇA – A HORA É ESSA!
TEXTO E DIREÇÃO
Denílson David
PERSONAGENS –
Jorge Diretor sonhador
Luís Professor conservador
Alice Professora revolucionário
Regina Faxineira
OS ALUNOS:
Fafá implicante
Paulo engraçadinho
Tina babona Max Malandro
Bio Cdf
ATO ÚNICO
Abrem-se as cortinas, entram alunos de todos os lados. Conversam e riem muito. Em meio á eles está Dona Regina que varre a escola. Entra Alice carregada de livros. Tropeça e cai. Todos riem. O sinal toca, os alunos saem de cena.
REGINA – (Entra varrendo e pára quando vê Alice) Posso ajudar a dona?
ALICE – Oi, eu sou professora me chamo Alice muito prazer!
REGINA – Prazer Regina!
ALICE – Sabe o que é dona Regina? É que eu vim substituir o professor Teobaldo. Mais o problema é que eu não conheço ninguém aqui. A senhora poderia me ajudar?
REGINA – Você tem mesmo certeza que quer ensinar neste colégio?
ALICE – Claro.
REGINA – Às vezes penso que ate um santo desistiria de ensinar na Rainha da Paz. Eu mesma só trabalho aqui por falta de opção.
ALICE – Mais por quê?
REGINA – Os alunos daqui são umas pestes, Tem de tudo bandido, marginal, prostituta, todos os dias venho trabalhar esperando encontrar a morte aqui nesta escola.
ALICE – É tão perigoso assim?
REGINA – Perigoso é pouco minha filha, isso aqui é um inferno! Cuidado, muito cuidado. (Sai)
ALICE – Inferno? Dona Regina, dona Regina a senhora precisa me ajudar. (Jorge entra pelo lado oposto e esbarra com Alice)
JORGE – Desculpa. Bom dia, você quem é?
ALICE – Alice sou a professora substituta do...
JORGE – Claro, seja bem vinda!Eu sou Jorge diretor da escola.
ALICE – Obrigada.
JORGE – Espero que se adapte bem. Creio que já tenha ouvido falar em o quanto é difícil lecionar na Rainha Paz.
ALICE – Ouvi coisas terríveis, o senhor nem imagina.
JORGE – Admiro sua franqueza! Apesar dos pesares essa escola é minha vida gostaria de vê – lá transformada em algo mais um simples... Edifício. Mais eu estou tão sozinho, entende?
ALICE – Acho que sim.
JORGE – A escola está ai para educar. Os pais esperam que façamos milagres com os filhos com apenas 4 horas de contato por dia.
ALICE - Pois é. E muitos põem os filhos na escola porque não tem onde colocar.
JORGE - Quando eu digo que os pais precisam ser reeducados dizem que sou implicante em lares sadios a formação do jovem se torna muito equilibrada.
ALICE-E como reeducar os pais?
JORGE - Essa é uma boa pergunta! Que precisa imediatamente de uma resposta. muito bem, como pode ver será uma difícil tarefa! Agora vamos até a sala dos professores. Suas aulas serão à tarde e a noite e você poderá entrar em contato com os alunos ainda hoje. (Saem)
(SALA DE AULA)
LUIZ – Todos sentados! O sinal já bateu. Eu não quero ouvir nem mais um ruído!
BIO – Licença professor, posso entrar?
LUIZ – É claro que não. O sinal tocou faz dois minutos. Retire-se, por favor!
BIO – Mais professor eu estava na biblioteca...
LUIZ – (cortando-o) Pouco me importa o que você faz ou deixa de fazer, fora!
BIO – Mas...
LUIZ – Fora! E que isso sirva de exemplo para todos.
FAFÁ – (grita estérica) Roubaram meu dinheiro!
TINA – Tem certeza?
FAFÁ – Claro que tenho! Eu tinha um e ciquenta na bolsinha e agora não está mais!
PAULO - que ladrão barato se sujar por tão pouco.
LUIZ – Então existe um ladrão nessa classe?
MAX – chame a polícia fafá, isso é caso de cadeia.
ALICE – Bom se ate o sinal bater esse dinheiro não aparecer amanhã todos terão que fazer um provão com os assuntos durante o ano todo. (Reclamação Geral)
FAFÁ – Eu também professor?
LUÍZ – Você também!
TINA – Professora e ela estiverem mentindo?
FAFÁ – Eu não sou mentirosa! Se repetir isso eu enfio essa bolsa pelo seu ouvido.
LUÍZ – Silêncios todos! Minha decisão já foi tomada!(Bate o sinal LUÍZ sai).
MAX - Eu não suporto esse Luiz.
BIO –(entrando) Gente tão falando que é professora nova. O velho Teobaldo não agüentou o tranco. Pediu demissão.
PAULO – Se for igual ao teobaldo velho gaga e caindo os pedaços vai ser fácil. (Entra Alice e Jorge).
JORGE – Bom dia pessoal gostaria de apresentar a nova professora de geografia a Alice. Tratem-na com educação, boa aula!
MAX – Rapaz que professora gostosinha!
ALICE – Oi para todos. Meu nome é Alice! Quero conhecer cada um de vocês, mais de uma forma diferente.
TINA – Professora é só fazer a chamada.
ALICE – Isso fica pra depois. É o seguinte: um a um vão vir aqui no centro. Dizer seu nome e fazer um movimento estranho, e todos repetem e assim por diante. Entendido? Vamos começar?
MAX – Isso é coisa de frutinha.
ALICE – Por favor, não custa nada participar. vamos começar?
(TODOS PARTICIPAM MESMO QUE UM POUCO TÍMIDOS)
ALICE – Muito bem. Agora em seus lugares. Por favor, gostariam que vocês abrissem o livro na página 17. Vamos ler sobre espaço geográfico, quem poderia ler?
BIO-Eu professora! (lendo) Espaço – Distância entre dois pontos, lugar mais ou menos bem delimitado, cuja...
ALICE – Espere, por favor, fechem os livros.
TINA - Professora a gente acabou de abrir.
ALICE - (Rir) – Mais e daí abriu, agora fecha, simples. Gente eu não sei por que os livros insistem em serem chatos não buscam o novo. Espaço nada mais é que um lugar delimitado que pode ou não conter alguma coisa. (pausa) Troquem de lugares. Todos vamos. Agora fiquem de pé nas carteiras.
FAFÁ - O que é isso é maluquice!
ALICE - temos que ser um pouco malucos para entendermos a loucura da vida querida, ande fiquem de pé. (a começar por Paulo todos fica exeto tina).
TINA - Eu não fico.
ALICE - Observe a sala de um outro Ângulo de uma maneira diferente.
PAULO – Aí, é estranho não dar para explicar, é diferente.
ALICE - Vocês estão vendo o mesmo espaço, mas de forma diferente. Agora vamos ver outros espaços. Outros espaços, outros lugares.
MAX - Vamos sair da sala de aula?
ALICE - É, vamos dar uma voltinha.
TINA - Essa professora é maluca. (Saem)
.
LUIZ –(entrando) Mais que barulho é esse?
TINA – Professor, essa estranha que acabou de entrar é doida varrida não fez chamada. Mandou fechar os livros. Mandou todo mundo subir nas carteiras. E pra completar foram passear.
LUIZ – Isso é um absurdo!
TINA – Pois é!
LUIZ – Amanhã é um outro dia. Logo cedo falarei com o diretor
(DIA SEGUINTE)
(SALA DOS PROFESSRES)
DOUTOR JORGE – (Entrando) Bom dia, Dona Regina!
DONA REGINA – Bom dia Sr. Jorge!
ALICE – Bom dia a todos!(Jorge e Regina respondem)
LUIZ – (Entrando) Operário faz greve, funcionário publico federal faz greve, médico faz greve... Mais quando chega a vez do professor, ele entra pelo cano. Maldita hora que comecei a lecionar! Eu deveria qualquer coisa na vida menos professor.
REGINA - Você reclama demais da vida.
LUIZ - A vida está pela hora da morte, não sei o que mais o governo quer da gente! Quando chega a sexta-feira, estou querendo morrer!
JORGE - Também quem manda ensinar os três turnos.
REGINA - Belas aulas devem ser!
ALICE - Eu com um turno eu quase morro. Como faz para corrigir as provas?
LUÍZ - E você acha que sou cretino de corrigir? Dou nota pela cara do aluno e ele que se dane.
JORGE - Mais isto está errado.
LUIZ - E que me importa? Hoje em dia, ninguém leva a coisa a sério, ninguém quer estudar!
ALICE - Mais se todos fizerem como você aí sim que os alunos vão aprender cada vez menos.
LUIZ – Não me critique mocinha! Eu já fiquei sabendo que suas aulas são esquisitas.
ALICE – Esquisitas, por quê? Por que busco o novo, eu estou cansada de dar aulas enfadonhas e que o aluno assiste simplesmente por obrigação. O aluno tem que vir pra escola por prazer, ele tem que gostar para aprender.
LUÍZ - Isso aqui é uma escola minha filha e não um parque de diversões nosso dever é ensinar e não de divertir ninguém. (Com licença)
JORGE – Sinceramente Luiz, não sei por que cargas d´agua você escolheu ser professor.
LUÍZ - Eu pensei que estava fazendo uma boa escolha, mais francamente com o salário que ganhamos...
ALICE - É meu caro Luiz, o governo finge que paga. Os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem. É um maldito ciclo que precisa ser quebrado.
JORGE – Mim desculpe Alice, é que e meio, meio...
ALICE – Quadrado! Agora eu entendo porque a escola anda tão mau. Bem os alunos me esperam.
REGINA – Esse dois juntos na vai prestar.
JORGE – É seja o que Deus quiser.
(SALA DE AULA)
ALICE – Bom dia! Hoje eu trouxe um dvd sobre o conteúdo que estamos estudando para que vocês possam entender melhor a matéria. Esperem, é impressão minha ou tem alguém fumando? Quem está fumando?
MAX – Sou eu e daí?
ALICE – É proibido fumar em sala de aula, o senhor sabia?
MAX – Não sabia e preferiria ficar sem saber. (Risos)
ALICE – Por favor, queira tirar o cigarro fora.
ALUNO – Aí tu que pediu! (Amassa o cigarro na cabeça do aluno que está a sua frente).
BIO – Eu vou contar tudo pra mamãe!
PAULO - aí Bio virou cinzeiro heim!
ALICE – Isso não foi nada educado, tenha a bondade de jogar o cigarro fora.
MAX – Não tô afim.
ALICE – Muito bem... Turma, vocês podem ir caminhando para a sala de vídeo. Eu vou em seguida.
(TODOS VÃO SAINDO)
ALICE – Você fica Max.
MAX – Por quê?
ALICE – Eu quero conversar com você.
MAX – Não tô a fim de papo.
ALICE – Tudo bem, eu não quero forçar a barra mais olha, rebeldia não é querer e contra tudo e contra toda a rebeldia é ser quem você é sem medo. Porém sem ferir nem machucar ninguém. Você está indo pelo caminho errado meu caro Max, Se cuida! Precisando eu estou aí. (Saí)
MAX - cara, ela é mesmo demais!
DIA SEGUINTE
(PÁTIO)
FAFÁ – Ai eu adorei o filme de ontem!
PAULO - Gente, a professora Alice era tudo que a escola estava precisando.
TINA – Ai não sei não. Acho ela muito maluquinha muito cheia dei nvenção.
MAX – Claro pra você professor bom é só o seu amado: O Luiz (Todos) Ai Luiz!
TINA – Morram, morram todos vocês.
REGINA – (entrando) Hei cambada o sinal já tocou. Vamos, vamos, já pra sala!
BIO – galera vamos assistir à aula da nossa querida Alice. (Saem Alice Entra).
ALICE - Bom dia!
REGINA - Meu Deus que animação!
ALICE - Hoje eu estou a todo vapor. Regina eu queria te fazer uma pergunta: Como a gente descobre o que as pessoas querem da vida!
REGINA - Perguntando ora essa.
ALICE - Parece simples.
REGINA - Quanto mais o homem tenta descomplicar as coisas, mais ele complica.
ALICE - Acho que a senhora acaba de me dar uma idéia. Bom acha melhor eu sair à aula já vai começar. (SAI)
(SALA DE AULA)
ALICE – Bom, gente, e ai, como passaram o fim de semana?
PAULO – Ai o meu foi super tranqüilo.
FAFÁ - o meu foi triste.
ALICE – Bem o semestre está terminando e parece que foi ontem que nos conhecemos. Agora depois de quatro meses será que nos conhecemos mesmo? Será que nos tornamos amigos de verdade? Eu gostaria de voltar das férias e começar diferente. Mas para que isso aconteça, eu preciso saber o que realmente pensam sobre a escola, a classe, a matéria sobre mim, o diretor, professores, sua casa cidade, este país. Se o professor não sabe o que o aluno pensa e espera da vida, como pode orientá-lo ou ajuda-lo? Gostaria que abrissem o coração e diga tudo o que sentem. Desabafem-se à vontade. Acredite será muito importante e somente eu irei ler essas redações.
MAX - Posso escrever mesmo tudo professora?
ALICE - Pode. Não deve! Saibam que não ficarei ofendida se disserem que sou uma chata. Muito ao contrário é honestidade fiquem a vontade teremos a aula inteira. Só pra isso.
ALICE – (lendo) Eu sou um aluno. Sou repetente da oitava. Uns professores não vão com a minha cara. Sabe por quê? Por que se vou bem, nas provas ele acham que colei. Eles nunca acreditam nas coisas que eu sei.
Veja história, por exemplo, o professor que eu decore o nome dos papas. O que me interessa? Eu sei quem é o papa de hoje, mas aqueles que já morreram que diferenças me fazem? Uns colegas meus conseguem decorar igual a papagaio e repetem tudo como que gravador. Depois que acaba a sabatina, sacodem a cabeça... E esquecem tudo.
Já falei com meu pai de sair da escola, por que sei que não, que ninguém vive sem escola. Mas eu pergunto: de que serve a escola, se não ensina nada do que eu quero? Só pra pegar um diploma e guardar no fundo da gaveta? É triste e chata a gente ser obrigado a ficar sentado numa carteira enquanto os professores falam, falam, falam coisas que servem para nada!Meu deus aqui está o caminho... (entra Jorge e luiz).
JORGE - É Alice, enfim chegaram as nossas merecidas férias.
ALICE - Durante as férias, farei um longo exame de consciência e, se tudo der certo como penso, vou começar uma revolução na RAINHA DO CÉU quando começarem as aulas.
LUÍZ - Não vou mexer uma vírgula no meu planejamento. Durante as férias quero sumir, desaparecer se eu ouvir falar em escola arrebento!(saem)
(FÉRIAS)
(sala de aula. Quando Alice chega está o maior corre e corre e tudo bagunçado e revirado.).
ALICE - O que aconteceu?
REGINA - Vândalos dona Alice, vândalos! Entraram na escola e fizeram sujeirada na secretaria, diretoria, cozinha, uma tristeza!
JORGE - Isso é coisa que se faça? Temos tanta dificuldade para manter tudo em ordem, e agora...
LUÍZ - È isso ai meus senhores, depois aparecem certos cidadãos e psicólogos querendo dizer que não existe delinqüência juvenil.
JORGE - Esta bem! Não adianta ficarmos só olhando. È lógico que não teremos aula hoje porque também andaram sujando, dispensem as classes. Precisamos de voluntários que nos ajude a colocar a escola em ordem.
ALICE - Porque não pedimos colaboração dos alunos?
LUÍZ - Alunos? (RIR) essas pestes só servem para atrapalhar.
ALICE - Pois eu vou pedir a uns alunos meus que ajudem.
JORGE - Ótima idéia
ALICE – pessoal eu peço um minuto de atenção. uns engraçadinhos viraram nossa escola do avesso.destruíram quase tudo,agora é para que tudo volte ao normal depende de vocês!
TINA-como assim?
ALICE - ou arregaçamos as mangas e reorganizamos tudo, ou simplesmente cruzamos os braços e assistimos o fim da nossa escola. Então o que me dizem?
(SILÊNCIO)
ALICE - Bem se assim que vocês querem... acho que tenho mais nada que fazer aqui.(vai saindo)
PAULO - espere... Alice eu to dentro!
BIO - eu também!
TINA - a Alice tem razão, essa escola é nossa. por isso não podemos deixar que nada nem ninguém acabem com ela!
MAX - é isso aí vamos revolucionar!
FAFÁ – É isso aí galera, à hora é essa!
(TODOS SE AGITAM)
ALICE - pessoal por que não pintamos a rainha da paz? Quem gosta da cor desta escola?
TINA - Detesto esse amarelinho anêmico! Todas as escolas as escolas precisam ser iguais? Que horror, que falta de originalidade!
JORGE - De que cor você gostaria de ver esta sala?
FAFÁ - Ai, Deus me livre! Prefiro azul.
ALICE - Bem, é claro que não temos dinheiro para pagar um pintor, mais dinheiro para comprar a tinta, podemos dar um jeito. Se resolvêssemos o cano do pintor...
PAULO - Hei esperai! Pintor eu sei e até gosto.
MAX - Eu não sei pintar, mas se me ensinarem aprende depressa.
BIO - Eu também!
FAFÁ - E como vamos arranjar dinheiro para a tinta, professora?
ALICE - Podemos organizar bazares, bingo rifas, feijoadas, leilões...
TINA - E nós mulheres, vamos ficar só olhando?
JORGE - Por que as meninas não fazem cortinas?Quem sabe nossa sala de aula tomaria um ar de sala de conversa em vez de sala de aula?
REGINA - Eu ajudo a fazer a cortina.
FAFÁ-. Também posso ajudar?
TINA - Adorei a gente poderia até trazer um som.
ALICE - Se for baixinho, música suave, que ajude a concentração, positivo.
MAX-, quando podemos começar a pintar?
ALICE - Porque não agora mesmo?
BIO - Como?
JORGE - Tudo precisa ter o primeiro passo para começar. Parece que o nosso tem que ser agora. a hora é essa!!!(todos vibram)
REGINA - Não posso acreditar no que estou vendo!
JORGE - Pois é eu também não queria acreditar. Mas a senhora está vendo com seus próprios olhos.
ALICE - É que simplesmente descobriram que gostam da escola! E tem mais, vão fazer uma horta, comutaria uma rádio escolar, Grêmio Estudantil.
JORGE - è temos que admitir que nossa escola já não seja mais a mesma!
LUÌZ - Vocês não vão conseguir da noite pro dia transformar essa escola
JORGE - Toda corrida começa pelo primeiro passo, e esse é o nosso primeiro passo, uma grande corrida que se inicia rumo à educação que queremos e a escola que sonhamos.
LUÌZ - É eu acho que estão sonhando alto demais. Cuidado com o tombo
REGINA - Sonhar não custa nada.
ALICE - Pois é já dizia Dom Helder Câmara: Sonho que se sonha só é apenas sonho, mas sonho que se sonha junto é a realidade que começa acontecer!
E A VIDA CONTINUA...